responsabilidade social
Vivemos em um contexto econômico, político e social amplamente globalizado, voltado para o mercado, para a competitividade, onde o Estado perdeu tamanho e força, necessitando assim da ajuda de toda a sociedade. Nesse novo contexto a sociedade surge como detentora de um novo papel, ou talvez o seu verdadeiro, que é o de não só reivindicar, mas principalmente realizar as ações que o Estado nesse novo contexto não mais realiza.
Nessa ótica, surge um novo modo de conceber as relações entre os fatores de produção, surgindo assim uma nova concepção de empresa e de seu papel na sociedade. As ações de responsabilidade social, antes vistas como competência e obrigação apenas do Estado, nos últimos 10 anos, passaram a ganhar adeptos e defensores importantes na área privada, uma vez que não é mais possível pensar apenas em questões econômicas e financeiras, mas nos problemas sociais que preocupam o governo, a iniciativa privada, as organizações não-governamentais (ONG) e a sociedade como um todo. Oliveira (2003, p.5) afirma que “o bem-estar comum depende cada vez mais de uma ação cooperativa e integrada de todos os setores da economia”.
No Estado de Bem-Estar Social (Welfare State1) a responsabilidade social era assumida pelo estado, o qual possuía papel ativo no controle das crises econômicas e no comando de desenvolvimento do país.
No final da década de 80 um evento muda o rumo ou a ação do Estado na condução da responsabilidade social e nos faz entender melhor a preocupação, bem como o discurso das empresas hoje sobre responsabilidade social, o Consenso de Washington2. Este evento resultou no retraimento do Estado no cumprimento de suas funções sociais, papel que lhe competia historicamente, deixando dessa forma uma lacuna a ser preenchida.
Caberiam as empresas assumir algumas funções do Estado e tentar resolver alguns problemas sociais gerados pelo capitalismo.
No começo do que se chama “Responsabilidade Social”, a