Responsabilidade Pessoal e Coletiva
Por: Cristian Abreu de Quevedo
Retirado de: http://www.consciencia.org/responsabilidade-pessoal-e-coletiva-em-hannah-arendt (texto adaptado)
1. Localizando a autora.
Hannah Arendt nasceu na Alemanha (1902 – 1975) e era judia. Devido aos horrores da 2º Guerra Mundial, fugiu para a Itália e depois para os Estados Unidos, onde permaneceu até a sua morte. Seria perigoso pensar os temas que Hannah Arendt desenvolve sem ressaltar que seu pensamento refere-se especialmente sobre o regime totalitário empregado na Alemanha nazista de Hitler. Foi a partir de Auschwitz, onde pessoas estavam sendo mortas inocentemente, que ela começa a refletir sobre a política. A atualidade de seu pensamento reside no fato de colocar o homem como responsável por suas ações e a concepção de que o mundo em que estamos pode ser velho, mas para quem nasce ele é novo e precisamos ter responsabilidade para com o que iremos deixar. A responsabilidade pessoal e coletiva encontra seu lugar como reflexão sobre o que consideramos correto ou não, tanto pessoal como coletivamente. Iremos abordar essas questões dentro do livro Responsabilidade e Julgamento, que reúne artigos proferidos por Hannah Arendt ao longo de suas aulas e palestras.
2. Responsabilidade pessoal
Desde Sócrates, uma frase ressoa forte: é melhor sofrer o mal do que fazer o mal. Uma convicção difundida de que não se resiste a todas as tentações, que não se pode confiar em ninguém (na medida que não resistiríamos num momento critico) e que ser tentado e forçado é o mesmo.
Se alguém disser: mate esta pessoa ou morrerá, estará apenas sendo tentando a matar alguém, não sendo forçando a matar. Ser tentado não é desculpa moral para matar. Poderíamos dizer que quem julga tais questões produz um juízo a cerca de algum fato e teria que estar presente. O direito ou capacidade de julgar ocupa lugar nas questões morais.
Hoje se acha um medo comum, o medo de julgar. A frase “não