Responsabilidade individual
Hoje participei de um seminário em que discutíamos o que seria essa tal liberdade. A palestrante, professora de Filosofia do Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Dra. Maria Repolês) fez alguns apontamentos que acho interessante aqui colocar, por estarmos praticamente entrando no mês das eleições para Presidente da República Federativa do Brasil, Outubro.
Esclareceu-nos a Doutora que Hobbes apresentou em seus estudos uma dimensão individual do que seria liberdade, apresentado aqui o mais resumido possível o pensamento, já Rousseau apresentou uma dimensão coletiva e teceu críticas a Hobbes: para Rousseau enxergar-se como sujeito é pouco; uma coisa seria eu enxergar-me como sujeito, mas como eu me insiro na coletividade?
Eis uma citação da professora, proferida no seminário, que é para mim fundamental nesse momento de eleições e está relacionada ao tema em debate:
“Votar em qualquer um é não assumirmos nossa responsabilidade coletiva para a felicidade de todos. Liberdade é agir racionalmente, com responsabilidade para consigo, ser feliz, projetar-se para o futuro”.
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Desfazendo um mito: Ayn Rand não era conservadora por Míriam Martinho (com base no original de William R Thomas)
Ayn Rand pode parecer conservadora, por ter em comum com conservadores a defesa da economia de livre mercado, mas de fato não o era em termos morais e intelectuais.
Sua filosofia, o Objetivismo, advoga a razão, o individualismo e a felicidade pessoal. Conservadores têm como valores fundamentais a fé, a tradição e o dever. Politicamente, o Objetivismo pode ser classificado como uma vertente liberal clássica ou libertária, expressando uma visão de mundo associada ao Iluminismo. Ayn Rand rejeitava enfaticamente a distinção progressista-conservador na no âmbito da cultura.
Em termos de bandeiras políticas, Rand defendeu o direito da mulher ao aborto e apoiou a liberdade de expressão. Também atacou o racismo, por