Respiração Celular
De acordo com a hipótese quimiosmótica (“Hipótese de Mitchell”) é através do fluxo de elétrons por transportadores localizados nas cristas mitocondriais que se forma um gradiente eletroquímico de prótons. Através do transporte de elétrons oriundos do NAD2H e FAD2H, é fornecida a energia necessária para o transporte de prótons (H+) da matriz mitocondrial para o espaço intermembranar. Desta forma, uma força próton-motriz é criada, gerando energia suficiente para formar ATP pela principal enzima da respiração: a “ATP sintase”.
Após o transporte de elétrons pelas cristas mitocondriais, eles são conduzidos ao último aceptor da cadeia respiratória – o oxigênio (O2). Como o elétron ganha estes elétrons, ele acaba funcionando também como último aceptor de prótons (H+) na matriz mitocondrial. Com esta ligação ocorre a formação de H2O e é evitado o acúmulo de H+ na célula, o que caso ocorresse promoveria a acidose metabólica e, consequentemente, a morte celular.
Importante: A cadeia respiratória é uma etapa aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial. Nele ocorre a maior produção de ATP. O oxigênio é o último a participar do processo, formando a água e evitando a acidose celular.
Observação: Inibidores do transporte de elétrons: Algumas drogas interagem com as proteínas transportadoras de elétrons, impedindo a formação do gradiente eletroquímico de prótons e a síntese de ATP. Um dos mais conhecidos inibidores é o cianeto, que ao se ligar ao citocromo c, interrompe o transporte de elétrons da cadeia respiratória.
A toxicidade do íon cianeto (HCN) é conhecida há mais de dois séculos; porém, os compostos que contém cianeto são tóxicos somente se liberarem HCN numa reação. Sem dúvida alguma, o ácido cianídrico ou ácido prússico é o veneno