Resolvendo conflitos
Marco Aurélio de Carvalho, Eng.Mec., Me., Dr. marcoaurelio@utfpr.edu.br Professor da UTFPR
Sócio Cotista da Aditiva Consultoria
Resumo
Conflitos estão presentes em todas as atividades humanas. Projetos não são uma exceção a esta regra. Para alcançar o “atingir ou superar as expectativas das partes interessadas” da definição de gestão de projetos do PMBOK (PMI, 2000), é preciso que o gestor de projetos administre conflitos com habilidade. Este artigo é focado na abordagem ganha-ganha de gestão de conflitos (KERZNER, 2001), que envolve o enfrentamento e a resolução de problemas. Mais especificamente, a abordagem da TRIZ (Teoria da Solução Inventiva de
Problemas), focada em contradições, é apresentada e o Método da Separação, com seus processos de formulação e resolução de contradições físicas, é descrito e exemplificado.
Palavras chave: Conflitos, Gestão de Projetos, TRIZ, Método da Separação.
Introdução
Conflitos podem ser entendidos como situações de oposição, desacordo ou incompatibilidade entre pelo menos duas pessoas ou grupos. Eles ocorrem em praticamente todas as atividades humanas. Na filosofia védica, pode ser encontrada aquela que é, provavelmente, a causa mais profunda dos conflitos: nosso mundo é dialético e, nele, todas as coisas são bipolares. Tudo tem um lado positivo e um lado negativo.
Voltando da filosofia para o mundo dos projetos: projetos resultam em mudanças e estas, pela sua própria natureza, são criadoras de situações de desacordo. A necessidade de colaboração entre profissionais de diferentes formações e funções acentua as dificuldades de compreensão mútua. Além disso, há sempre as pressões de desempenho, tempo, orçamento e mudanças de escopo com as quais os gestores de projeto precisam lidar.
Gestores conservadores tendem a considerar os conflitos como indesejáveis. De acordo com esta visão, eles são devidos a pessoas problemáticas, que insistem em não