Resnha critica
Ana Vanessa Maciel da Silva*
Ao longo da vida o ser recebe e transmite palavras que influenciam intensamente na conduta humana. Em determinada fase, especificamente na infância, onde crianças ensinam que ser feliz se resume apenas ao ato de brincar, palavras ditam a formação que elas devem ter.
No período escolar, conceitos pré-estabelecidos castram sua individualidade tornando-as objetos massificados da educação. Logo crianças que eram felizes se esquecem disso e são vítimas do desenvolvimento de uma sociedade capitalista. No início da educação, sua memória será muito mais estimulada do que seu raciocínio. Repetir será muito mais interessante do que aprender. Acostumam-se ao saber pronto e se desabituam a usar sua mente para criar.
Conceitos repetidos e reforçados pelos professores adentram no seu ser transformando seus corpos nas palavras que lhes ensinam, fazendo-as perder sua capacidade de serem elas mesmas. Só resta a elas lutarem contra as palavras que exercem poder sobre o seu ser.
Para resgatar a si mesmo a criança deve esquecer o que foi aprendido e lembrar-se do que esqueceu, dos momentos em que apenas uma brincadeira a satisfazia, recordando suas verdadeiras emoções, já que apesar de uma educação rica em conteúdos e em ferramentas do aprendizado a criança não entendia o por que de não se sentir feliz. Mas a educação, quando transmitida por um professor que se preocupa com o desenvolvimento das potencialidades do aluno, restaura nele seus verdadeiros valores. O aluno passa a ser quem ele sempre quis ser. E não o resultado de palavras que não valorizam o ser.
Referência Bibliográfica
ALVES, Rubens. A Alegria de Ensinar, 6ª edição – Campinas, SP: Papirus, 2000, p.33-37.
*Aluna do curso de Educação Física da Faculdade Integrada do Ceará, sob a orientação da professora Nodja Holanda Cavalcanti na disciplina de