Resinas de troca iônica/ tecnologia farmacêutica
Elisama Andrade
1.0 INTRODUÇÃO
As resinas de troca iônica são bastante utilizadas nos processos de purificação de líquidos, em especial da água. A água deionizada é rotineiramente empregada em diversas operações nos laboratórios, e na indústria farmacêutica; é classificada pela Farmacopéia Brasileira 5ª ed. como água reagente; aplicada na limpeza de materiais e de alguns equipamentos, na fase final da síntese de ingredientes ativos e de excipientes, além de outras funções. Com isto, precisa obedecer aos parâmetros de condutividade (1,00 a 5,0mS/cm (resistividade > 0,2 MW-cm) e carbono orgânico total (COT < 0,20mg/L).
O princípio básico das resinas de troca iônica é a substituição dos íons presentes na amostra, por íons que estão ligados à resina; a referida troca ocorre mediante uma ligação química reversível, onde a resina catiônica substitui os cátions dissolvidos, pelo hidrogênio; enquanto a resina aniônica substitui os ânions dissolvidos, pela hidroxila. Em modelos mais antigos de deionizadores, as resinas eram separadas em colunas; entretanto, os dispositivos de leito misto, onde as resinas são misturadas numa única coluna, se constituem na preferência atual, por serem mais compactos, ocuparem um menor volume, com um menor custo.
As resinas de troca iônica geralmente são constituídas por polímeros orgânicos, e podem ser classificadas por a sua natureza (orgânica ou inorgânica - sintética ou natural); pela sua estrutura (do tipo gel ou do tipo macroporosa); e ainda quanto ao grupo funcional, (fortemente ácida, fracamente ácida, fortemente básica, fracamente básica, e quelantes).
2.0 TIPOS DE RESINA
Como mencionado anteriormente, as resinas de troca iônica podem ser catiônicas ou aniônicas, com isto, a classificação de acordo com os grupos ionizáveis, merece uma atenção especial, pois são responsáveis pelo comportamento químico da resina.
2.1 RESINAS CATIÔNICAS FORTEMENTE ÁCIDAS: se comportam de forma semelhante a um ácido forte.