Resiliência

2 REVISÃO TEÓRICA
Talita Medeiros Chamone de Olivera

2.1 Sobre a resiliência

Resiliência é um termo originado do Latim, resilliens, que significa “saltar para trás, voltar, ser impelido, recuar, romper” (PRIBERAM, 2005).
Para as ciências exatas, o termo significa a resistência ao choque ou a propriedade na qual a energia potencial de um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente. (CARMELLO, 2005). Para a medicina, conforme Ruegg citado por Barreira (2006), a resiliência refere-se à capacidade de resistência às doenças e infecções, seja pela própria superação ou pela ajuda de medicações curativas ou preventivas.
O termo foi trazido para a psicologia em 1974 e, segundo Tavares (2001), esta não possui um único conceito. Mesmo depois de certo tempo de uso o conceito é ainda nebuloso e confuso, por não ser único e por dar espaço para várias interpretações. O termo resiliência, inicialmente, foi conceituado erroneamente como “invencibilidade” ou “invulnerabilidade”.
Sob o olhar da psicologia, a resiliência é relacionada com a qualidade de resistência e perseverança do ser humano perante as dificuldades da vida, sendo entendida como “a capacidade humana universal de superar as adversidades da vida e ser fortalecido por elas” (GROTBERG citado por YUNES, 2001, p 3).
Rutter, citado pela psicóloga Yunes (2001), considera que o conceito de invulnerabilidade é distinto do conceito de resiliência, pois a primeira se refere apenas a uma característica intrínseca ao indivíduo, e a resiliência é relativa, ou seja, suas bases são tanto constitucionais como ambientais. Para ele, o grau de resistência não tem uma quantidade fixa, já que varia de acordo com as circunstâncias.
O conceito de resiliência pode ser definido de várias maneiras e diversos autores se empenham em pesquisar sobre o tema. A resiliência significa “a capacidade do indivíduo, ou família, de enfrentar as adversidades, ser transformados por elas, mas conseguir superá-las” ou então, a