RESIDUOS SÓLIDOS
O aumento da produção de resíduos sólidos representa hoje um dos graves problemas ambientais urbanos. O crescimento acelerado das cidades, nas quais grande parte da população vive, o aumento de consumo e as mudanças na composição dos materiais, justificam esta preocupação.
Como qualquer outra atividade humana, os serviços de saúde geram resíduos sólidos, que somente representam pequena parcela do total produzido em uma cidade, 1 a 2 %. Apesar disto, requerem cuidados especiais, principalmente, em função de parte deles ser constituída por materiais com alta concentração de organismos patogênicos, representando riscos à saúde e ao meio ambiente, quando gerenciados de forma inadequada.
Estes resíduos possuem características bem heterogêneas, basicamente em função dos serviços prestados pelo estabelecimento; da unidade em que foram gerados como, por exemplo, se da medicina nuclear, do isolamento ou da área administrativa; e do sistema de segregação interno. Em geral metade dos resíduos gerados nos hospitais são constituídos de matéria orgânica proveniente do setor de nutrição e a taxa de geração por leito é muito variável, podendo ser de 1,73 kg/leito.dia a 10,4 kg/leito.dia.
Para tratamento dos resíduos de serviços de saúde o método mais recomendado é a incineração, sendo que atualmente em função de discussões a respeito do risco de poluição atmosférica causado por este sistema, existem vários métodos alternativos em estudo, como desinfecção por autoclavagem ou microondas, eliminação com plasma e outros.
Uma das grandes questões que se apresentam hoje com relação ao gerenciamento destes resíduos, está na sua classificação, principalmente, na definição de quais resíduos são considerados infectantes e que necessitam de manejo diferenciado. Esta polêmica tem acarretado muitas vezes situações extremas, a exemplo de prefeituras que divulgam informações do tipo "o lixo do hospital é menos contaminado que o lixo doméstico". (Zanon, 1992)
Não existe