Resgate histórico
Dados do Ministério da Saúde apontam para uma situação alarmante: em 2010, o Brasil registrou mais cesarianas do que partos normais. Enquanto em 2009 o País alcançava a sigla de 50% de partos cesáreos, em 2010, a taxa subiu para 52%. Na rede privada, o índice de partos cesáreos chega a 82% e na rede pública, 37%. Quando a situação exige, a cirurgia cesariana traz benefícios à gestante e ao recém-nascido. Mas, quando feita de forma indiscriminada, como vem ocorrendo, pode implicar em riscos para a mãe ou para o feto.
As análises realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000 a 2009, já indicavam o rápido crescimento do número de cesáreas. Um estudo divulgado neste ano pelo DataSUS constata que as cesáreas somam 52% do total de partos realizados em 2010, no Brasil todo. Em 2000, o índice de cesarianas era de 38%; em 2009, o número de partos normais e cesáreas se igualou.
O estudo apontou que houve crescimento da proporção de nascimentos por partos cesáreos em todas as regiões do Brasil. Os maiores percentuais foram observados, em 2006, nas regiões Sudeste e Sul. O Norte foi a região do país com o menor percentual de cesarianas naquele ano.
Segundo relatório da Rede Interagencial de Informações para Saúde no Brasil, de 2008, os partos cesáreos são mais comuns entre as mulheres com maior nível de instrução, chegando a quase 70% entre aquelas com 12 anos e mais de escolaridade e sendo menos de 20% entre as mulheres com menor grau de instrução.
Os benefícios do parto normal
Para o bebê: esse tipo de nascimento é bom porque segue o processo natural. Ela nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. Existem várias evidências e especulações de que o trabalho de parto não é meramente uma atitude física de expulsão do bebê, e sim uma alteração de padrão hormonal em que há liberação de hormônios pela mãe e bebê que sinalizam que o momento de nascer está chegando.