Resenhas
“As três versões do neo-institucionalismo”
Peter A. Hall
Rosemary C. R. Taylor
O autor inicia o artigo fazendo algumas considerações acerca da “confusão” que gera o sentido mais preciso do termo “neo-institucionalismo”. Para esclarecer essa questão, ele toma como base alguns trabalhos sobre o termo escritos nos anos 80 até meados dos anos 90. Essa confusão é minimizada através da compreensão de que o “neo-institucionalismo” não é uma corrente de pensamento unificada, com isso ele aborda e analisa três escolas do pensamento: o institucionalismo histórico, institucionalismo da escolha racional e institucionalismo sociológico. É também objetivo do texto compreender a gênese de cada uma dessas escolas e a forma como tratam os problemas sociais e políticos. Na sequência ele fará uma análise acerca dessas linhas de pensamento com base em duas questões: “ (1) Como construir a relação entre instituição e comportamento. (2) Como explicar o processo pelo qual as instituições surgem ou se modificam. ” Na sequência o ator aborda de forma detalhada as análises acerca de cada uma das três linhas de pensamento citadas anteriormente. A primeira refere-se ao “institucionalismo histórico”, cujas abordagens começam a surgir como respostas às análises políticas da época em torno dos grupos contra o estruturo-funcionalismo, que possuíam domínio em relação à ciência política entre os anos 60 e 70. É importante destacar também que os teóricos dessa escola associavam instituições às organizações e regras ou as convenções que sofriam edições por parte das organizações formais. Qualquer análise institucional deve nortear-se pelo questionamento de como as instituições interferem no comportamento dos indivíduos. Os neo-institucionalistas respondem essa questão de duas formas. A primeira é denominada de “perspectiva calculada”, que corresponde à forma como os indivíduos são colocados diante de muitas alternativas de papéis institucionais e a partir de uma análise