RESENHAS Linguística
Schleicher, linguista alemão, propõe que a linguística seja colocada no rol das ciências naturais, assim, a linguagem é considerada como um organismo vivo que nasce, cresce e morre e, além disso, é critério de distinção e classificação racial.
Já para Saussure, a língua e a sociedade estão diretamente ligadas, e, suas dicotomias, Língua e Fala, colocam-na como objeto central da linguística, em oposição à fala. Ainda na visão do linguista, a língua possui uma estrutura e está diretamente relacionada a fatores sociais.
Outros estudiosos também discutiram a questão da língua, na visão estruturalista, ou não. Entre eles Antonie Meillet, comungando da mesma opinião que Saussure afirma história das línguas é inseparável da história da cultura e da sociedade. Mikhail Bakhtin afirmando que a substância da língua é constituída pelo fenômeno social da interação verbal realizada através da enunciação ou das enunciações. Marcel Cohen que assume a questão das relações entre linguagem e sociedade a partir da consideração de fatores externos. Para Émile Benveniste, sociedade e língua se determinam mutuamente. Roman Jakobson vê o processo comunicativo e os aspectos de linguagem.
No ponto 2 Alkimim relata que no congresso na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), em 1964 o termo sociolinguística fixou-se. A partir daí os estudos nessa área desenvolveram-se através da publicação de trabalhos apresentados nesse mesmo congresso. A proposta de William Bright, organizador do evento, era analisar em uma comunidade, as variações linguísticas e o conjunto de fatores sociais como: identidade social de emissor ou falante, identidade social do