Resenhas críticas
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
RESENHAS CRÍTICAS
Teófilo Otoni
2014
Formação econômica do Brasil- Celso Furtado
Nossa economia esteve por muito tempo subordinada ao sistema monopolizador das metrópoles européias. Firmou-se com a finalidade de fornecer gêneros tropicais à corte, à base do trabalho escravo.
O autor remete à questão de que o país a exercer o monopólio açucareiro colonial foi Portugal, não Espanha. E um dos fatores que contribuiu para a dominação de Portugal foi a decadência espanhola, partida da descoberta precoce de metais preciosos. A relação da Espanha com colônia era somente a exploração dos metais, de forma unilateral, ou seja, não havia troca entre elas. Isso gerou o acúmulo de metais preciosos, acarretando o aumento de importações em detrimento de exportações e produção interna. Com o país inundado de metais preciosos, a Europa desviou suas exportações para ele, enchendo a Espanha de produtos importados, consequentemente afetando sua produção.
O autor ressalta que o século XVI está fundamentalmente ligado a atividade açucareira e que o esforço do governo português se direcionou a este setor, pois apesar da rentabilidade da monocultura, havia certas dificuldades no meio físico e nos transportes. Celso enfatiza que a etapa inicial da escravidão da colônia se deu por mão-de-obra nativa e posteriormente a africana, que formou um sistema de produção ainda mais eficiente.
Os donos de engenho importaram equipamentos materiais de construção e mão-de-obra, no entanto, o açúcar era totalmente voltado para a exportação, e sempre operado em grande escala, garantindo o processo de formação do capital. No fim do século XVII, sofreu concorrência antilhana e os preços se reduziram pela metade, porém o custo fixo do engenho permitia que a estrutura suportasse retrocessos, fazendo o possível para manter o nível relativamente elevado.
A expansão de produção do açúcar deu