resenharyngaert
477 palavras
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RYNGAERT, Jean-Pierre. Capacidade de jogo. In.: _______________. Jogar, representar: práticas dramáticas e formação. São Paulo: Cosac & Naify 2009, p. 43 - 62. Ryngaert começa o capítulo do livro acabando com a ideia de "eu jogo mal" e propondo que se pense em ter dificuldade de jogar, mas não "não saber". Todos os jogadores tem alguma dificuldade em determinado jogo, mesmo aqueles que possuem técnicas para fazer o jogo fluir. Os principais motivos que Ryngaert cita para os jogadores não conseguirem criar um boa dinamica no jogo são: falar "não" ao jogo, criando um empedimento para que o parceiro de cena consiga proceguir com suas ideias, ficar com vergonha de jogar na frente dos outros participantes, mostrando assim o medo do "eu jogo mal", o oposto da inibição, a extroversão que faz com que o jogador esqueça que está em cena com outros participantes e assim tento sempre trazer todo o foco para si e não para o jogo e o savoir-faire limitado onde o participante fica viciado na sua muleta de jogo e acabada não jogando verdadeiramente, mas sim repetindo o que já foi feito diversas vezes. Ao contrário dos obtáculos de jogo, Ryngaert também fala sobre os meios que jogar que são "a favor do jogo". O movimento do jogo em curso fala sobre o ator conseguir entrar totalmente no jogo e de esquecer tudo que se passa fora do ambiente de improvisação. O outro meio é a presença, onde estar presente literalmente não é o suficiente, pois se apenas o corpo estiver jogando, os próximos passos na cena serão perdidos; o objetivo é estar o mais atento possível a tudo que pode acontecer com o desenvolver da cena. A escuta é o que faz com que fiquemos atentos a tudo, como é falado na "presença". Se não ouvirmos prestando muita atenção em tudo que é falado durante a cena podemos acabar negando o jogo e criar a barreira que fará o jogo se tornar um ideia individual e não mútua dos participantes. A ingenuidade: "[...] a capacidade do jogador de nao antecipar o comportamento do outro