ResenhaArqueologiaDoSaber
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FOUCAULT, Michel. Arqueologia do Saber. Tradução Luiz Felipe Baeta Neves. – 8ª ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.Na obra Arqueologia do Saber, Foucault (2013) discute acerca das formações discursivas, com o propósito de discursar sobre alguns conceitos, bem como a sua origem e as construções históricas dos mesmos. Visto que, para Foucault (2013, p. 38) os enunciados partem de uma data, ou seja, estão no Real da História, sendo assim é possível comprovar o seu decorrer perante o espaço histórico.
Conforme FOUCAULT (2013, p. 40), todos os tipos de discursos, seja o discurso da loucura, da melancolia ou sobre a neurose, requereu-se uma dada transformação em um determinado espaço-tempo. Dessa forma, constitui-se seu objeto e o elaborou até transformá-lo por inteiro, devido a que são construções históricas e não apenas regularizadas pelas singularidades de um objeto. Em relação a isso a questão religiosa é percebida como a um enunciado que cria funções a fim de estabelecer/determinar que o corpo tenha de seguir certas posturas, ou seja, determina condutas como o fato de pode ou não fazer-vestir-dizer. Os enunciados citam o que o corpo pode ou não fazer-realizar dentro das regras sociais e o sujeito Virgínia (TELLES, 1984) foge a essas regras, sendo capaz de ir além de seus costumes e morais sociais, se relacionando com Letícia e se modificando conforme as suas fases corporais discursivas. Do ponto de vista discursivo, o sujeito Virgínia também exerce o pode em seu núcleo familiar, uma vez que ela era dominada, constituído resistências em torno de si ao longo da história.
FOUCAUT (2013) menciona que decide escrever sobre os enunciados, esse que geram funções sociais, relatando as suas relações discursivas em que o discurso é digno de cada momento, porque para o autor o discurso em si é uma rede de práticas que cabe a cada sujeito interpretá-la e as suas condições discursivas. Essas condições de formações discursivas são vistas como a um conjunto de