Resenha
O documentário curta metragem – Ilha das Flores, 1989 por Jorge Furtado retrata com detalhes a extrema diferença econômica vivida em um determinado município do nosso país, Porto Alegre – Rio Grande do Sul. No qual se observa relações de produção, consumo, venda, lucro e bem estar próprio em que o ser humano esta diretamente inserido.
Ao longo do documentário nos é exposta a realidade do menosprezo para com a vida, na qual o ser humano “ser desenvolvido” é colocado em classificação inferior aos porcos. Vemos que o alimento que foi descartado para o consumo dos porcos é oferecido miseravelmente a pessoas que não tem dinheiro e nem dono e que vivem de forma horrenda.
O autor em dado momento refere-se à ilha das flores como sendo um lugar escolhido para que o lixo cheire mal e atraia doenças. Ilha em que é perceptível a ausência de flores, e abundancia de lixo e demais dejetos. Cenário desprezível que foi criado pelo homem, que é desenvolvido, que tem a capacidade de compreender, e tem o polegar opositor, e que também é bípede. Ser que foi capaz de tantas transformações de melhoria para como seu mundo, mas que, no entanto é controlado por um sistema perverso.
Ironicamente fala-se sobre liberdade, a qual todos temos direito, que ninguém sabe descrever e que todos compreendem. Em nenhum momento é possível perceber algum tipo de preocupação para com o próximo, não há nenhuma ação para priorizar àqueles que estão sendo submetido a recolher em cronometrados cinco minutos um alimento sem nenhuma qualidade para o próprio consumo.
O percurso fictício feito por um tomate plantado, colhido, vendido a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa, rejeitado na hora de fazer um molho para o almoço, jogado no lixo, levado para a Ilha das Flores, rejeitado pelos porcos, e finalmente, encontrado por uma criança com fome,traz a tona os problemas lamentavelmente vivido por varias famílias do nosso pais. Situação que se encaixa perfeitamente com a