Resenha
Contribuições teóricas e empíricas modernas propõem a cidade temas estruturantes do currículo escolar. A cidade passa a ser como um objeto de vivência pessoal e de ensino. Tal mudança exige alteração em relação á o currículo escolar e a prática docente. O senso comum da cultura vê nas práticas docentes, algo que “não resolve os problemas dos alunos”. Coloca-se a responsabilidade da aprendizagem no aluno, em que há vários atores envolvidos no processo. Verifica-se que em escolas de vários países os professores estão propondo rever suas ações didáticas, sobre o saber e o fazer. Organizar um projeto para estudar a cidade do aluno significa gerar procedimentos e fornecer instrumentos multidisciplinares ao aluno para ampliar sua compreensão. A análise do “fenômeno cidade” pode ocorrer do ponto de vista teórico, trazendo para o currículo escolar a cidade enquanto espaço de aprendizagem, compreendendo sua função, sua gênese e o processo histórico em que foi produzida. Estabelecendo uma nova referência para a geografia escolar. O estudo da cidade não deve ser uma mera observação, o próprio trabalho de campo pode ser parte de uma pesquisa coletiva. Em relação á educação geográfica, destaca-se o método da análise da realidade vivida. Nessa perspectiva, torna-se possível aos alunos sair do estágio de mera decodificação de informações. Aprofundando as decodificações sobre a cidade, busca-se entendê-la como uma nova organização do território, como articulação de espaços descontínuos e fragmentados e como parte da experiência real de vida. Estudar a cidade não significa descrever a paisagem e seus problemas, localizar onde há mais ou menos concentração vertical, dificuldades e a abrangência da circulação ou apenas contar as diferenças econômicas entre os bairros. Os alunos precisam compreender que a cidade tem várias dimensões, que há várias cidades que possuem arranjos espaciais diversos,