Resenha
Curso Enfermagem
Resenha
As diversas faces do cuidar: considerações sobre a clínica e a cultura
Lajeado, setembro de 2015. O capítulo as diversas faces do cuidar aborda sobre as diferentes formas do cuidado. Desde o nascimento já existe uma maneira de expressarmos o cuidado com rituais religiosos, como o batismo, por exemplo, e todo este cuidado vai se estender ao longo da vida das pessoas como comunhão, formaturas casamentos e isso tudo vai depender da cultura de cada indivíduo. Ao mesmo tempo em que promovemos o cuidado com o outro devemos cuidar de nós mesmos, promover relações de fazer o cuidado ter um sentido e não ser em vão, promover ligações afetivas pra que este cuidado se estabelece de uma forma ampla e saudável, fazendo com que a vida se transforme. Em algumas situações de cuidado a modalidade de presença em reserva pode ser necessária, que significa a capacidade do cuidados de renunciar sua própria onipotência. Figueiredo descreve a prática de “fazer sentido”, que estaria em oposição aos excessos traumáticos que uma vida comporta. Em sua perspectiva, fazer sentido equivale à construção da integração das experiências, processo onde é fundamental estabelecer ligações, darem forma e sequência aos acontecimentos e torná-los inteligíveis. O autor descreve duas dimensões das funções primordiais de cuidado: a sustentação (holding), que garante a continuidade e a continência, que proporciona as experiências de transformação. As modalidades de presença implicada são sustentar e conter, reconhecer e interpretar e reclamar. Um agente de cuidados é um sujeito implicado nas coisas que faz, é um sujeito facilmente reconhecido pelo seu fazer. A continuidade, inicialmente, é somatopsíquica, mas, ao longo da vida, é acrescida de outras dimensões decisivas, como a identificatória e a simbólica. A sustentação fornecida pelo agente de cuidados tem a tarefa de assegurar a continuidade na medida em que é construída