RESENHA

RESENHA- DOCUMENTÁRIO LIXO EXTRAORDINÁRIO

Melissa Carvalho França Rocha

O documentário Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz e seu envolvimento com catadores do lixão de Jardim Gramacho, localizado no município de Duque de Caxias Rio de Janeiro, lugar onde na época das gravações (2007 a 2009) funcionava o maior aterro sanitário da América Latina. Foi por ser o maior aterro em recebimento diário (7000t em 2007) do mundo, que o artista Vik se interessou pelo lixão de Gramacho com o objetivo de conhecer a história e tentar mudar a vida das pessoas através da arte derivada de materiais do cotidiano delas- o lixo.
Ao chegar ao lixão, imagens aéreas do aterro são mostradas onde é possível notar que as dimensões e a quantidade de lixo são enormes. Todo resíduo em putrefação fica exposto e as pessoas dividem espaço com animais como ratos e urubus. A estrutura irregular na disposição de lixo é notável, a falta de procedimentos de segurança e proteção ambiental é característica marcante. As condições de trabalho dos catadores são desprezíveis, possuem contato direto aos diversos resíduos gerados por 70% do Rio de Janeiro, isso inclui altos riscos de contaminação e susceptibilidade a diversos tipos de doenças como alguns que relatam doenças de pele como micoses.
Mas apesar de todos os fatores e condições de vida desfavoráveis para os catadores que vivam no lixão, à medida que o artista vai conhecendo a vida das pessoas que vivem naquele ambiente insalubre, o que mais impressiona é encontrar pessoas que eram felizes, sorriam e se orgulhavam de seu trabalho. A história de vida de cada pessoa do aterro impressiona pela emoção transmitida nos depoimentos, transformando a falsa impressão de Vik, pois o artista antes da visita acreditava que em um lugar onde tudo de ruim é levado encontraria apenas pessoas rudes e viciadas.
O documentário foca na vida de alguns catadores do lixão, entre eles Tião presidente da associação de