Todos sabem que suas metas e estratégias podem acabar no arquivo morto se não contarem com planejamento, iniciativa e uma dose generosa de suor. Mesmo gerentes, diretores e empresários com foco na ação têm sofrido para tirar seus projetos do papel. Os motivos são os mais variados. Ora as metas exigidas pelos acionistas e a alta diretoria são agressivas demais (para não dizer irreais), ora faltam comprometimento e consenso entre as pessoas encarregadas de agilizar os projetos. Também é comum as empresas elaborarem planejamentos. As empresas brasileiras demonstram uma dificuldade crescente para traduzir estratégias em ações, constata Mathias Mangels, diretor da Symnetics, consultoria especializada na ferramenta de gestão em São Paulo, Mangels revela que muitas delas já começam errando desde a fase de planejamento. Muitos gerentes simplesmente desconhecem as metas pelas quais trabalham, diz Mangels. As consequências, é claro, não tardam. A velha lacuna entre discurso e prática transforma-se em um abismo. E até as organizações que primam pela eficácia começam a arcar com despesas de “retrabalho”, a necessidade de refazer aquilo que foi mal planejado e, portanto, mal executado. Muitos executivos acham que entendem sobre planejamento, porem isso no dia-a-dia das empresas os executivos não planejam suas ações como deveriam, é como eles rabiscarem metas e prazos em um papel qualquer e acharem que está tudo pronto. Em geral, quando têm uma nova ideia, os executivos brasileiros já saem fazendo, não se preocupam em parar e pensar nas ações e estratégias necessárias, porque a cultura de sair fazendo é velha nas empresas brasileiras. Trata-se de uma herança dos tempos de inflação recorde e de alta volatilidade no Brasil. Esse impulso de agir tem lá seu lado positivo, muitos produtos e serviços só existem porque alguém resolveu sair fazendo. Um projeto não planejado pode até dar certo, só que a execução é mais atrapalhada. Erra-se mais, e o índice de retrabalho se torna alto,