Resenha

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguistico - O que é, como se faz. 49.ed.
São Paulo: Loyola, 2007.
Marcos Bagno é professor do Departamento de Línguas Estrangeiras e
Tradução da Universidade de Brasília, doutor em filologia e língua portuguesa pela Universidade de São Paulo, tradutor, escritor com diversos prêmios e mais de 30 títulos publicados, entre literatura e obras técnico-didáticas. Atua mais especificamente na área de sociolinguística e literatura infanto-juvenil, bem como questões pedagógicas sobre o ensino de português no Brasil. Em 2012 sua obra As memórias de Eugênia recebeu o Prêmio Jabuti. Escreve uma coluna sobre língua portuguesa na revista Caros Amigos.
Em seu livro, “Preconceito Linguístico”, Marcos Bagno trata de questões relacionadas ao modo de como se fala e escreve dentro da escola e da sociedade. Bagno destaca, já nas primeiras palavras, de forma bem obejtiva, que foi criada uma confusão entre lingua e gramática normativa. Sendo a segunda apenas uma descrição parcial de algo muito maior daquilo que é a primeira, e, mesmo sendo apenas uma parte do todo, a gramática normativa é aplicada de forma autoritária, intolerante e repressiva, marginalizando aqueles que não a dominam. Bagno denominou este fenomeno de “prenconceito linguistico” e identificou oito mitos que já fazem parte da imagem que o brasileiro tem de si mesmo e da língua falada por aqui. Esses mitos seriam alimentados diariamente em programas de televisão e de rádio, colunas de jornal e revistas, livros e a ate mesmo pela gramatica normativa, formando individuos com visão de mundo estreita e perpetuando mecanismos de exclusão social.
No primeiro capitulo, A mitologia do preconceito lingüístico, Bagno examina e reflete sobre cada um dos oito mitos. São eles:
Mito nº 1 - “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. Considerando este o maior e mais sérios dos mitos, Bagno mostra como esse conceito de unidade linguistica do Brasil pode ser prejudicial para a