Resenha
O senso comum não se preocupa em buscar informações sobre os assuntos que está a julgar. Preocupa-se apenas em proferir uma sentença conclusiva, definitiva e que julga ser irrefutável. “Os políticos são bandidos”; “não gosto de política”. Pessoas que baseiam sua direção no senso comum não se preocupam em pesquisar o que os políticos de sua câmara de vereadores, por exemplo, fazem todos os dias. Em tempos de internet, em que as pautas de discussão são colocadas diariamente a público, em que o acesso ao gabinete de qualquer parl0amentar é facilitado pelas contas de e-mail, Orkut, Facebook e até Twitter, a falta de interesse em buscar, em pesquisar fica mais evidente. Trata-se de dizer o mais cômodo: “são bandidos”.
Não procurar saber que na política reside a capacidade de negociação e conversa é acreditar que os temas e assuntos mais comuns devem ser resolvidos com truculência, com brigas. São essas pessoas que normalmente se reúnem em bares para reclamar de coisas que não querem resolver. Dizem: “ninguém faz nada!”. Você já ouviu isso? O grupo normalmente concorda com a expressão. É um pensamento resignado, conformado com sua condição, sem vontade de tomar as rédeas da situação e mudar seus caminhos. Mas se há um buraco enorme na rua, em frente à minha casa, não é obrigação da prefeitura tampá-lo? Mas e se não for tampado? Você diria, diante de um jornalista ávido por uma notícia triste: “ninguém faz nada”, ou diria “a culpa é minha, pois quem colocou esse