resenha
Nascido no dia 15 de setembro de 1933 em Dores da Boa Esperança, uma pequena cidade do sul do estado de Minas Gerais, Rubem Alves, educado no seio de uma família protestante, muito cedo teve de se confrontar com a sua diferença. O destino inscrito na sua diferença leva-o, depois do Ginásio, a estudar teologia no seminário Presbiteriano do Sul, um dos mais conhecidos seminários evangélicos da América Latina. Pedagogo, poeta e filósofo de todas as horas, cronista do cotidiano, contador de estórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros para crianças, psicanalista, Rubem Alves é um dos intelectuais mais famosos e respeitados do Brasil.
Perguntar sobre por que os homens fazem religião, leva a várias e contraditórias respostas. Revolução dos deuses, neurose da humanidade, ou seja, respostas para todos os questionamentos. E a verdade é difícil, pois o homem não consegue se desvencilhar do seu fascínio, até porque se vem falando do fim iminente da religião. O homem vinha ignorando as causas reais que movimentam o universo, numa época anterior a ciência, onde o mesmo teria sido levado a imaginar a existência de uma dimensão invisível da realidade.
Com o progresso da história, o homem deixa para trás as suas ilusões e Comte falava que dentre as três fases do desenvolvimento humano a mais primitiva seria a religião e depois o metafísico, e Freud explica que nos primórdios do desenvolvimento do homem, ele pensava que o mundo poderia ser mudado pelo poder dos seus desejos, que é a magia do homem; a crença na onipotência do desejo.
Então volto a perguntar, o que é religião? De acordo com o autor, é uma expressão social desta ilusão, uma forma de infantilismo, a neurose obsessiva da humanidade. Marx diz que a “religião é o suspiro da criatura oprimida”.
Sendo assim se tornava mais evidente que tudo funcionava normalmente sem Deus. Onde o universo que se abria para o