resenha
Conhecer o Sistema de Escrita Alfabética é uma parte fundamental do processo de alfabetização. Conforme Adriana Costa, no texto Repensando a intervenção individualizada no processo de alfabetização a partir das pesquisas sobre consciência fonológica, “é fundamental que as crianças passem por experiências que possibilitem o domínio do alfabeto. Este é um conhecimento social, ou seja, não é possível inventar as letras”. Também podemos afirmar que saber somente o nome das letras não é suficiente para lermos e escrevermos. Saber que cada letra tem um som é imprescindível para que um aluno evolua sua hipótese de escrita. Por exemplo, segundo Ferreiro e Teberosky, uma criança que está em uma hipótese silábica com valor sonoro escreve para cada sílaba uma letra, geralmente enfatizando as vogais, já que são núcleos de sílabas. No momento em que trabalhamos a relação LETRA/SOM com essa criança, ela perceberá que há valores sonoros menores que uma sílaba, e então entrará em uma hipótese alfabética, onde já consegue identificar os sons das letras individualizadas. Dehaene (2012, p.221) diz que “a aprendizagem dos grafemas (letras) chama atenção para as classes de sons, e a análise das classes de sons afina, por seu turno, a compreensão dos grafemas e, assim, em sequência, uma espiral causal faz emergir simultaneamente o código grafêmico e o fonêmico”.
Adams, no livro Consciência Fonológica em crianças pequenas, fala que, para as crianças, identificar e caracterizar fonemas através da boca se torna mais fácil do que identifica-los a partir do som. É importante a estimulação, a exploração, a comparação e o contraste, para que, então, a criança possa relacionar esses sons com as letras correspondentes (e vice-versa). Os fonemas são as menores unidades da língua, por isso as crianças encontram dificuldades em percebe-las e conceitua-las. É fundamental nesta fase o uso de fichas, blocos, letras. Materiais concretos para identificação dos fonemas. É