Resenha
A presente resenha refere-se ao artigo "Lição de casa benfeita" da jornalista Patrícia Ikeda, publicado na revista Exame, edição 1032. Neste artigo, a autora apresenta o seguinte tema: "Como a escolas públicas de comunidades carentes em estados mais pobres, conseguem avançar na educação". – Mesmo com poucos recursos é possível uma boa educação.-
O Piauí tem se destacado numa área em que o Brasil patina - a educação. Foi o estado que mais transpor posições no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Foram seis colocações desde a criação do indicador em 2005. O estado saiu da 23° posição, de uma lista de 27, para a 17°. Apesar da nota do estado ser baixa (4,4) tendo em vista a média nacional (5), todavia os exemplos de superação de escolas locais, com orçamentos muito apertados, chamam a atenção.
O que vem fazendo a diferença é o currículo e como ele é aplicado. Apesar de oferecer ciências, geografia e história, as prioridades são o português e a matemática. Ou seja: ensinar a ler, a escrever e a calcular. Quem dá sinais de que está ficando para trás vai direto para as aulas de reforço. O corpo docente também faz parte desta modificação. As 13 professoras dedicam um terço da carga horária ao aperfeiçoamento de sua formação: preparam aulas com o acompanhamento de uma pedagoga e frequentam quinzenalmente os cursos oferecidos pela Secretaria de Educação do município.
Seguindo esta linha de raciocínio, outras escolas também avançam, apesar das limitações mais severas. É o caso da Escola Cícero Barbosa Maciel, no Ceará, que há quatro anos, os familiares fizeram um mutirão para consertar 50 carteiras, demonstrando apoio à instituição. Em Pernambuco, na Escola Municipal São Miguel, as aulas de reforço são obrigatórias e ocorrem onde for possível: na biblioteca, nos corredores e até embaixo das árvores do jardim. Contudo, a nota da escola ascendeu de 5,2 para 7,8 nos últimos dois anos. “Recursos são importantes, mas