Resenha

FACULDADE ALVORADA
RESENHA A LÍNGUA DE EULÁLIA

O livro “A língua de Eulália” aborda as características da fala de algumas pessoas, que em geral é tida como errada. O autor Marcos Bagno por meio das personagens nos diz que há uma explicação para cada tipo de língua.
No Brasil não se fala uma só língua existem, por exemplo, os sobreviventes das nações indígenas, além disso, outras comunidades de imigrantes estrangeiros mantêm viva a língua de seus ancestrais.
No livro é possível ver que a personagem Eulália fala “errado”, como definiram as outras personagens, Vera, Emília e Sílvia, mas Irene que é lingüista e tia de Vera transmite às meninas que não existe fala errada e sim uma variedade linguística. No caso da Eulália ela fala o português não-padrão, que é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso povo. É também, conseqüentemente, a língua das crianças pobres e carentes que freqüentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiadas, marginalizadas, oprimidas pela terrível injustiça social que impera no Brasil. O português não-padrão é considerado “feio”, “pobre”, “errado”, etc. É assim porque existe o português-padrão, que é falado pelas pessoas que detêm o poder e estão nas classes sociais mais privilegiadas. É usada na literatura, nos meios de comunicação, nas leis e decretos do governo, ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas, definida nos dicionários. No momento em que se estabelece uma norma-padrão, ela ganha tanta importância e tanto prestígio social que todas as demais variedades são consideradas “impróprias”, “inadequadas”, “deficientes”. Certamente hoje em dia existe muito o português não-padrão, geralmente quando as pessoas dizem “pobrema”, “Cráudia”, “broco”, nós nos seguramos para não rir e fazer piadas com relação à fala errada de tal pessoa, mas mal sabemos que isso não é de forma alguma falar errado, e os lingüistas caracterizam como falante nativo, ou seja, é o indivíduo