Resenha
Talita Tavares Amaral Batista de Souza;
Escravidão Interna na África, Antes do Tráfico Negreiro.
A Escravidão na África: Uma História de Suas Transformações.
Tradução de Regina A. R. F. Bhering e Luiz Guilherme B. Chaves.
Ronaldo Vainfas.
Marina de Mello e Souza.
Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento Antoniano, séculos XV – XVIII.
O atlântico escravista; acçúcar, escravos e engenhos.
Joseph C. Miller
Segundo os autores é impreciso a origem da escravidão, entretanto, chama a atenção para sinais encontrados em pedras e cavernas datados aproximadamente de 2680 a.C. Talita destacando que quanto maior o número de escravos maior era a glória do faraó. A região do Sul do Egito era produtora e revendedora de escravos, sendo que os alvos principais eram as mulheres e as crianças. Para Talita Tavares, a escravidão era praticada na África desde tempos remotos anteriores aos colonizadores portugueses. Segundo autores, a mesma sociedade que escravizava não protegia as suas mercadorias, haja vista serem assim tratados. Não existia uma classe social de escravos. A escravidão africana pré-colonial, as pessoas tornavam-se escravos por diversos motivos, crime, dívida, fome, feitiçaria, etç. A qual também era chamada de escravidão doméstica. Os autores citam Karl Marx, a aparição de um excedente social, e a consequente corrida para sua apropriação exclusiva pelos setores mais organizados ou poderosos, seria o elemento das desigualdades socioeconômicas e políticas. Sendo tal fenômeno responsável pelos sistemas de opressão de um ser humano pelo outro. Ronaldo Vainfas e Mariana de Mello salientam que a historiografia brasileira enfrenta problemas relacionados à escravidão, haja vista o desconhecimento sobre a cultura e a história africana. Para os autores tais desconhecimento é injustificável, visto que considera o africano em função apenas da escravidão. A mesma era uma forma de exploração,