O artigo "Imagens de Ciência em manuais de química portugueses" trata se sobre o livro didático como elemento utilizado na aprendizagem de alunos do ensino secundário. O artigo levanta a questão da reformulação dos livros didáticos. Há uma crítica em relação à abordagem de conceitos relacionados à sociedade e ao dia a dia da população. Por se tratar de um artigo em que se discute o livro didático utilizado em Portugal e um artigo relativamente antigo, de 1997, a meu ver, há diferenças quando se trata do livro didático no Brasil e seu modo de utilização. Por ser um país desenvolvido, em Portugal provavelmente o livro não é o único recurso pedagógico utilizado pelos professores no processo de aprendizagem. Deve haver laboratórios com excelente infraestrutura, data shows, salas de informáticas que instigam e melhoram a aprendizagem dos alunos. Aqui no Brasil, infelizmente, o livro didático é o único recurso utilizado na aprendizagem. Principalmente nas escolas públicas, em que a pouco investimento, não há laboratórios bem equipados ou mesmo nem existe um laboratório para aula prática. Também não existe data show. Com isso o professor fica limitado ao livro. Porém, os livros didáticos atuais abordam bem a relação conceito/cotidiano, algo criticado nos livros utilizados em Portugal pelo autor do artigo. Por exemplo, a coleção de livros utilizados em algumas escolas públicas de Juiz de Fora, “Química” do autor Ricardo Feltre, ao final de cada capítulo traz uma seção que relaciona o assunto abordado com o cotidiano, a sociedade e as questões tecnológicas atuais.
É esperado que ocorram investimentos no ensino, para que todos os recursos pedagógicos estejam disponíveis para o professor aprimorar o aprendizado dos alunos.