Resenha

3970 palavras 16 páginas
Resenha Crítica

SANTOS, Carlos Nelson F. dos. A cidade como um jogo de cartas. Niterói:Universidade Federal Fluminense. EDUFF; São Paulo: Projeto Editores, 1988. Págs. 11-12; 15-18; 21-28; 49-55; 57-62.

Parece que as origens do baralho, conforme o conhecemos hoje, estão na China. Um jogo de cartas com figuras e números, onde através de intrincadas correlações simbólicas, se procurava restabelecer a harmonia entre o mundo cotidiano e contingente e a imutabilidade das determinações celestes. O Tarot, dentro das concepções culturais chinesas, servia, ao mesmo tempo, a fins profanos e divinos. Através da leitura das cartas, ganhavam sentido as trivialidades aparentemente desconexas do cotidiano, submetidos a regras de uma realidade fixa, maior transcendente. O jogo propunha uma lógica fechada, apreensível através de flagrantes correspondentes a vida e história, só perceptível aos homens de forma descontinua, por meio de fragmentos. O tarot deveria ser uma das muitas fórmulas que permitiam a cada chinês se identificar com os outros, superando e, ao mesmo tempo, explicando a singularidade de outra maneira inacessível da sua experiência pessoal. Um jogo de convivências, compensadoras, consoladoras das perdas e ganhos do dia-a-dia e restaurantes da unidade. Em sua versão primitiva, haviam 78 cartas das quais 22 especiais, chamados arcanos. Cada arcano era único e fazia parte de uma sequência representativa das ordenações externas da sociedade e internas do homem. Atualmente, o baralho vira então um passatempo, é reduzido a 52 cartas. A sociedade europeia, ao se jogar baralho, está se jogando ou brincando de repetir seu próprio desempenho. As cartas representam as diversas formas de oposição ou conjugação. Cada naipe é uma classe: copas, o clero; espadas, a nobreza; ouros, a burguesia; e paus, os camponeses.
Os conceitos e formulações de como se formam as cidades são aplicados sempre a uma proposta prática. A sociedade Brasileira nas últimas décadas tem expandindo

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