Resenha
Aluna do 2º período da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Ana Pires do Prado: Doutora em Antropologia Social e Cultural pela Universidad Autonoma de Barcelona (2006), onde também obteve o mestrado (2003). Graduada e licenciada em Historia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997). Entre 2008 e 2010 realizou o pós-doutorado no IFCS/UFRJ na área de Antropologia. Desde 2011 é professora adjunta da Faculdade de Educação da UFRJ. Tem experiência em Antropologia, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas em educação e desigualdades educacionais.
O objetivo principal do artigo de Ana Pires do Prado é discutir os desafios impostos aos pesquisadores durante um trabalho de campo em escolas, principalmente o desafio de transformar o familiar e aquilo que já é conhecido em exótico para que a pesquisa seja bem-sucedida. A autora também descreve as estratégias e os caminhos percorridos pelo grupo de pesquisa do qual faz parte para fazer a observação nas escolas. Este grupo é composto por alunos de graduação e pós-graduação. A atividade do grupo é acompanhar as atividades escolares de 28 escolas públicas e privadas da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Logo no início do artigo, a autora define a escola como “uma das principais vias socializadoras dos valores da formação da consciência coletiva” (página 3) e assim como Durkheim acredita que a escola é o lugar onde certos conjuntos de regras, valores e grupos sociais convivem de forma mais harmoniosa possível. Além de citar Durkheim, Ana Prado cita Malinowski, comparando as escolas com suas aldeia, pois assim como o autor, afirma que é preciso conhecer e vivenciar para compreender o foco de estudo. Sendo assim, Ana prado cita Greetz para embasar seu pensamento sobre a diferença entre pesquisar a(s) escola(s) e pesquisar na(s) escola(s). No caso da pesquisa descrita no artigo, foram feitas