RESENHA
Em 1963 essa tarefa de poucos, foi realizada por Nelson Pereira dos Santos com “Vidas secas”, roteiro baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos. De acordo com os letreiros iniciais, as filmagens foram em Minador do Negrão e Palmeira dos Índios, sertão de Alagoas.
O cineasta: Nelson Pereira dos Santos é um dos grandes nomes do cinema brasileiro, pertencente à geração do Cinema Novo, cujo movimento é conhecido pelo lema “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”, criado no início da década de 1960. Neste filme, fica perceptível a influência marcante do neorrealismo italiano e o filme se tornou um dos mais conhecidos do movimento, que abordava problemas sociais do Brasil.
“Vidas secas” foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
O livro/filme conta a história de uma família de retirantes nordestinos, composta por Fabiano, sua mulher Sinhá Vitória e seus dois filhos. Além destes, completam marginalmente a família, a lendária cachorra Baleia e um papagaio.
Após contínua e exaustiva caminhada pela área nordestina, encontram uma fazenda abandonada, a qual futuramente passará a ser a moradia temporária do grupo. Fabiano consegue um emprego de vaqueiro e a família se vê instalada nas mediações da fazenda. A região parece amaldiçoada, seria o Inferno? Muita pobreza, seca, fome, além de outros problemas agravam a vida de um homem, ignorante sem igual, analfabeto, humilde, ingênuo que no final das contas, a única coisa que quer é um meio digno para sobreviver em meio a terra do sol. Contexto típico de muitos nordestinos, história comum a milhões de brasileiros, que depois de muita procura e tentativas pelo sertão, partem para o sul em busca de uma vida melhor.
O ano em que a história