Resenha
Santaella é professora titular no programa de pós-graduação em Comunicação e
Semiótica da PUC-SP, doutora em Teoria Literária e livre-docente em Ciências da
Comunicação pela USP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de
Semiótica e diretora do Cimid – Centro de Investigação em Mídias Digitais da PUC-SP.
A professora inicia a obra, que é subdividida em onze capítulos, abordando o
perfil de três tipos de leitores tradicionais da hipermídia, aos quais ela os denomina de
“o contemplativo, o movente e o imersivo”. O primeiro tipo é o leitor
contemplativo, meditativo da idade pré-industrial, o leitor da era do livro
impresso e da imagem fixa. O segundo é o leitor do mundo em movimento,
dinâmico, mundo híbrido, de misturas sígnicas, um leitor que é filho da
Revolução Industrial e do aparecimento dos grandes centros urbanos. O
terceiro tipo de leitor é aquele que começa a emergir nos novos espaços
incorpóreos da virtualidade.
Na sequência da obra, Santaella faz uma breve reflexão sobre o que é a
hipermídia e de como foi realizada a pesquisa de campo para o qual resultou esta obra
acadêmica. A autora define a hipermídia como o conjunto de signos do ciberespaço e
suas linguagens. Através da pesquisa desenhou o perfil cognitivo de cada leitor, e
apresentou o leitor imersivo, aquele que imerge no ciberespaço. Aqui ela também relata as
transformações da sociedade a partir da Revolução Industrial e o advento das novas
tecnologias.
O leitor contemplativo ou meditativo desprende de aptidões
singulares, ele não precisa do auxílio do outro. Sua leitura é isolada, silenciosa
e paulatina, pois depende dele a seqüência de sua leitura. Ser responsável
pela leitura proporciona a capacidade de ler e reler inúmeras vezes e da forma
que melhor lhe agrada, sem restrições, sendo que, “a leitura