Resenha
Teoria das finanças públicas / João Rogério Sanson. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2011. 132p. : il.
A obra está dividida em cinco capítulos; os capítulos fazem uma densa análise sobre a teoria das finanças. Comentemos os capítulos:
A unidade 01 apresenta o funcionamento do Estado. A unidade faz distinção entre hegemonia e ideologia; identifica como os partidos políticos concorrem entre si pelo o voto por meio de plataformas políticas e verifica como a concorrência entre partidos e grupos políticos tende a diminuir vantagens excessivas do exercício do poder.
Nesta Unidade foram vistas duas teorias de Estado. A teoria gramsciana enfatiza a hegemonia de frações de classes sociais, mantida por uma visão de mundo, a ideologia, que é propagada por seus intelectuais orgânicos. Essa liderança está sujeita a contestações por parte de outras frações de classes que apresentam ideologias alternativas. No longo prazo, com a eventual crise da classe hegemônica, que pode resistir temporariamente até pela força, dá-se a alternância de poder. Por sua vez, a Teoria da Concorrência entre Partidos explica o funcionamento do Estado a partir de comportamentos individuais. Em um ambiente de alta concorrência entre os políticos, organizados em partidos políticos, a burocracia estatal, sob direção dos políticos, deve atender às preferências dos eleitores. Ao mesmo tempo, essa concorrência reduz as vantagens do poder ao mínimo necessário para reter os políticos interessados na atividade. Há, porém, fatores que restringem a velocidade de ajuste a mudanças nessas preferências, como a autonomia que os políticos têm de desconsiderarem os interesses de seus eleitores no curto prazo, como os eleitores que têm memória curta em relação aos atos dos políticos e como o fato de grupos de políticos evitarem a concorrência, o que é conseguido em alto grau por governos autoritários. Em comum, as duas teorias