resenha

Resenha "O Diário de Anne Frank" por Otto H. Frank e Mirjam Pressler
Annelisse Maria Frank sonhava em ser escritora e jornalista, almejava ser compreendida, ouvida e amada. É triste que tenha conseguido tudo o que sempre quisera apenas após sua morte - mas de qualquer forma, sua presença continua firme e a voz muito alta na mente de todos aqueles que tiveram a oportunidade de ler um dos livros mais honestos e comoventes (e mais lidos) do mundo, "O Diário de Anne Frank". Anne começou a escrever em seu diário quando tinha 13 anos, idade em que teve de se esconder com sua família num anexo secreto localizado no prédio do escritório de seu pai, com mais outras quatro pessoas, em julho de 1942. O motivo é de conhecimento comum: a perseguição aos judeus. Durante um período de dois anos, Anne narra fatos do seu cotidiano, seus conflitos internos, além dos conflitos externos, fazendo de seu diário seu melhor e único amigo. Um relato muito emocionante que, além de mostrar como foi viver durante a época do Holocausto, nos apresenta os devaneios e pensamentos mais profundos de uma garota incrível, cujas palavras carregarei comigo pelo resto da vida.

"Cheguei ao ponto em que nem me importo se vivo ou se morro. O mundo vai continuar girando sem mim, e não posso fazer nada para mudar os acontecimentos. Vou deixar que as coisas sigam o seu rumo e me concentrar no estudo e na esperança de que tudo acabe bem."

A todo o momento eu tinha que fechar o livro e observar a imagem da capa - o rosto sorridente de Anne Frank - porque o relato é tão pessoal, que é como se Anne estivesse ao meu lado contando cada detalhe daquele período conturbado de sua vida, de tantas maneiras diferentes. Observar aquela foto foi o modo que encontrei de personificar Anne, porque tudo o que ela relata é tão íntimo, tão verdadeiro, tão intenso, que foi impossível eu não tentar tocá-la, alcançá-la. Passei a amá-la, e a todo instante eu me pegava pensando "isso é real. Essa garota existiu". De repente eu