Resenha
No primeiro ponto do capítulo supracitado, John Rawls fala sobre o papel da justiça. Ele entende que esta é a primeira virtude das instituições sociais. Se uma teoria é injusta, ela deve ser modificada, visto que a justiça é necessária e indispensável; assim também deve ocorrer com as leis e instituições que não forem justas. O autor fala, ainda, que a única maneira de acatar uma teoria errada/falha, é a ausência de uma melhor, da mesma maneira, a injustiça é aceita apenas quando for para evitar uma ainda maior.
Para John Rawls (1981, p. 4) “é necessário elaborar uma teoria da justiça à luz da qual essas asserções possam ser interpretadas e avaliadas”. Embora consideremos que a sociedade seja uma associação até certo ponto autossuficiente de indivíduos que mantenham relações mútuas e que são regidos por normas de condutas e, ainda, que tenham por finalidade o bem dos que fazem parte desta associação, é notório o conflito que existe no que diz respeito aos interesses dos seus integrantes. Mas não se pode negar que há, também, uma identidade de interesses. À identidade podemos atribuir à possibilidade que a cooperação social dar a todos de ter uma vida melhor comparada a vida que teriam caso não vivessem em associação e dependessem cada um de seus próprios esforços. Já os conflitos estão presentes no quesito distribuição dos maiores benefícios produzidos pela colaboração mútua.
Então, é necessário “um conjunto de princípios para escolher entre as várias formas de ordenação social que determinam essa divisão de vantagens e para selar um acordo sobre as partes distributivas adequadas” (RAWLS, 1981, p.