resenha
Introdução
O caso dos exploradores de cavernas é uma obra que tem por missão abordar e discutir os princípios do Direito. O livro trás em seu teor um caso concreto, apesar de fictício, a contraposição de valores positivos e naturais.
A justiça, que a vários séculos já foi conceituada, é a causa final do Direito e das diversas relações que integram o convívio social. Aquele que é justo fornece ao direito a razão de sua existência, garantindo sua identidade, o “estar” no mundo. Garantir a justiça é a principal característica que fornece sentido e obediência ao direito.
Porém, a justiça, na prática é descaracterizada como fim máximo do agir jurídico. O positivismo assegura as leis um caráter dogmático garantindo à justiça um papel secundário. O que se pode observar é um legislador que aufere a anseios particulares e juízes que se limitam a subsunção. Magistrados que se esquivam de examinar o direito a fundo como uma ciência interligada aos fatos e valores. Profissionais que, a despeito de preceitos individuais de ética, moral e justiça, limitam-se simplesmente à aplicação da norma.
Não se pode esquecer, no entanto, dos juízes que agem de encontro às normas, muitas vezes agem de maneira instintiva. Juristas que, influenciados por convicções individuais, agem com parcialidade, pondo em cheque a própria segurança jurídica. Juízes que, por se deixarem guiar por uma idéia de incessante de justiça e adaptação social, se deixam levar por fatores externos, que proporcionam benefícios ou não.
Contradições essas que são demonstradas na obra analisada, o que caracteriza a abstração de maneira concreta das contradições do direito. Positivismo e naturalismo; normas e princípios, legalismo e jurisprudência, todos esses elementos são tratados no livro.
O direito, portanto, como uma ciência social, está sentenciado a conceitos distintos e influencias do momento histórico no qual se encontra. A justiça,