Resenha
O AUTOR
Carlo Ginzburg nasceu na cidade de Turim, na Itália, foi historiador e antropólogo. Atuou como um dos pioneiros no estudo da Microhistória. Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista Natalia Ginzburg, estudou na Escola Normal Superior de Pisa, e em seguida no Instituto Warburg em Londres.
Ensinou história moderna na Universidade de Bolonha e, em seguida, nas universidades de Harvard, Yale e Princeton, além da Universidade da Califórnia em Los Angeles (nesta última, ocupou, durante duas décadas, cadeira de história do Renascimento italiano). Desde 2006, ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.
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Atento especialista das atitudes e crenças religiosas populares do início da época moderna, publicou em 1966 Os andarilhos do bem (I Benandanti), um estudo sobre a sociedade camponesa de Friul do século XVI, no qual ilumina, tendo como base um tipo de documentação relacionada a processos inquisitoriais, a relação dialética entre um complexo sistema de crenças amplamente disseminadas no mundo rural, resultado da evolução de um antigo culto agrário, e sua interpretação pelos inquisidores que tendiam a compará-lo a formas codificadas de bruxaria. Tornou-se mundialmente conhecido com a obra O queijo e os vermes (Il formaggio e i vermi, 1976), que abordava a vida de um camponês em Montereale Valcellina, Itália. Em História noturna (Storia notturna, 1989), ele traça um caminho complexo desde a caça às bruxas até uma grande variedade de práticas que evidenciam substratos de cultos xamânicos na Europa.
A MICROHISTÓRIA
A microhistória é um gênero historiográfico surgido com a publicação, na Itália, da coleção "Microstorie", sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi, pela editora Einaudi, entre 1981 e 1988. Vem sendo praticada principalmente por