Resenha
Jessica Roberti
Renata Martins Oliveira
Orientador: Jaime Santana
Resumo: A pesquisa desenvolve-se a partir do livro de Cantares de Salomão, expondo a expressão artística de sua linguagem como objeto de estudo. O trabalho se inicia retomando o contexto histórico da época em que o livro foi escrito, bem como as influências culturais, políticas e teológicos que incidem sobre seu conteúdo. Após a contextualização, é desenvolvida a interpretação artística através da linguagem de Cantares expressada pela linguagem metafórica de seu texto.
Palavras-chave: Sexualidade – Linguística – Metáfora
Introdução a Cantares de Salomão: o Cântico dos Cânticos
O título hebraico (Shir Hashirim, lit. “cântico dos cânticos”) é uma expressão superlativa, que significa “o melhor cântico”. O nome latino é Canticles (lit. “cânticos”). A Bíblia hebraica encaixa Cântico dos Cânticos no megilloth (heb., lit. “pergaminhos”), uma coletânea de livros lidos nos dias festivos dos judeus.
O rei Salomão, filho da Davi e Bate-Seba, reivindica a autoria do livro. Considerado o homem mais sábio de sua época, compôs mais de 1005 cânticos. O nome de Salomão é repetido várias vezes no livro, e os acontecimentos têm lugar num cenário palaciano. As referências geográficas do livro também pressupõe um reino unido. O livro foi escrito durante os 40 anos do reinado de Salomão, 971-931a.C., provavelmente nos primeiros anos.
Contexto
Salomão governou da corte sediada em Jerusalém. Contudo, muitos pontos geográficos do reino foram mencionados. A autoria atribuída a Salomão passou a ser questionada só a partir do século XIX, e os argumentos levantados contra a autoria salomônica são inconclusivos.
Propósito
Cantares é um cântico nupcial, uma expressão de amor entre a noiva e o noivo. Houve controvérsias entre estudiosos bíblicos a respeito se o livro deveria ser entendido no sentido figurado ou literalmente. Antigos estudiosos