Resenha
Como toda boa história de tribunal “12 homens e uma sentença” também tem como chave a tensão: o dia é o mais quente de Nova Iorque e 12 homens diferentes têm que decidir se um menino é culpado ou não de matar o pai. O veredito dever ser unânime e a sentença de culpado leva à cadeira elétrica.
Mesmo com uma grande responsabilidade nas costas, a maioria dos jurados prefere dizer logo que o garoto é culpado para voltar para casa. Mas, o jurado número oito contraria todos e diz que tem dúvidas se ele é culpado.
A partir daí está colocada uma tensão em que qualquer barulho no teatro se torna insuportável – uma cadeira que mexe ou uma pessoa que tosse e até se ouve quem cochicha. Uma tensão que dói e que envolve a plateia.
Você fica ali esperando o próximo acontecimento de forma tensa. Os personagens se revelam, se estressam, se acaloram um com o outro enquanto o jurado número oito dá um show de argumentação e nos faz refletir que nem tudo o que parece é, nem sempre o que é certo é tão certo e que devemos sempre nos dar o direito a uma dúvida razoável.
Em tempos como hoje isso é fundamental: julgamos Brunos e outros como se estivéssemos nos locais dos crimes, tomamos aquela dor como nossa e não refletimos. De fato, como diz o jurado número oito, ninguém disse que eles não podem ser culpados, mas e se não forem?
Quem assistir “12 homens e uma sentença” irá se impressionar com o que olhos atentos são capazes de ver. E na peça todos os elementos são montados de forma bem inteligente.
O cenário é uma mesa de jurados e isso é bastante desafiador para um teatro, que não tem os efeitos e câmeras que a televisão e o cinema permitem. Então, há horas que a opção foi espalhar o elenco e colocar o personagem que