Análise do filme “Escritores da Liberdade” O filme foi baseado em fatos reais relatados no livro “The Freedom Writers Diaries” de Erin Gruewell e seus alunos, e narra a história da professora iniciante, ao se deparar com uma escola com problemas como intolerância racial e violência. Ao primeiro contato com a turma, Erin percebe que a realidade com a qual ira lidar é bem diferente de suas expectativas: atrito e divisões entre os alunos, menosprezo dos mesmos em relação a aprendizagem e seu método de ensino, além de um sistema docente ineficaz. Esses jovens têm perspectivas marcadas pelas dificuldades típicas do ambiente em que se encontram e que acabam sendo refletidas em seus atos e influenciando suas percepções morais e sociais. Os confrontos étnicos e o preconceito entre as gangues presenciados no filme são decorrentes de um histórico de conflitos socioculturais que afetaram direta ou indiretamente o ambiente social desses jovens, onde as minorias étnicas buscam espaço e respeito, diante da configuração da sociedade norte-americana, em que segregações étnicas ainda são evidentes. A professora então utiliza um novo meio para criar um canal de comunicação com seus alunos, empregando conhecimentos cotidianos desses estudantes tais como, como música e leitura, além de analogias entre fatos históricos, como o holocausto, e as experiências sociais e familiares vivida por eles. Erin apresenta aos alunos “O diário de Anne Frank”, e após a leitura propõem a eles escreverem seu próprio diário, relatando seus pensamentos, opiniões, experiências. Os conhecimentos recém-adquiridos se tornam objetos de identificação dos alunos e ampliam seu interesse em novas descobertas. De acordo com a teoria de Kurt Lewin, o comportamento do individuo é influenciado pelo ambiente onde este está inserido. O comportamento dos personagens da obra pode ser explicado por esse fundamento, já que os adolescentes de classe baixa se encontram em um cenário hostil de tensões raciais, e