Resenha

O texto “avaliação como compromisso com a aprendizagem,” de autoria de Celso Vasconcelhos, retrata a mudança da essência no sentido de avaliação e a intencionalidade que o professor atribui à avaliação no seu cotidiano.

Observamos que o fato principal não é a mudança de técnicas, mas, a mudança de paradigma, visão de mundo, valores, ou seja, pode haver mudança no conteúdo e na forma de avaliar, pode haver mudança na metodologia de trabalhar em sala de aula e até na estrutura da escola, e, no entanto nada adiantará se não tocar no que é decisivo: intervir na realidade a fim de transformá-la. É por este motivo, segundo o autor, que em termo especifico de avaliação, a intencionalidade é determinante, é o problema nuclear da avaliação.

Percebemos que a internacionalidade seletiva está enraizada nos sujeitos (através de representações, hábitos, valores), mas também nas estruturas (através de normas, leis, ambiente de trabalho), uma verdadeira cultura da exclusão. Aqui, mais uma vez, emerge a questão da dialética entre as condições subjetivas e objetivas. Assim, podemos entender que a subjetividade do outro é um fator objetivo.

Notarmos que a avaliação envolve julgamento, mas da produção objetiva do educando e não da sua pessoa. Ainda assim, o próprio julgamento da produção deve ser feito em função dos critérios estabelecidos coletivamente e das oportunidades efetivamente oferecidas de aprendizagem. A vigor, as avaliações que os alunos vão fazendo são a expressão da síntese do conhecimento que estão atingindo, a parti das condições oferecidas. E se não chegarem a um nível satisfatório de síntese, não devem ser punidos, mas orientados, retrabalhados e solicitados a que elaborem uma nova, retomando a anterior como ponto de partida, ao mesmo tempo em que o educador revê suas estratégias e ofertas de situação de aprendizagem.

Concluímos que o ser humano tem um potencial enorme, mas esse potencial não estar sempre disponível. Precisa ser