resenha P.s Eu te amo
P.S. Eu te Amo é um dos filmes românticos mais poéticos e delicados das últimas décadas. Inspirado no livro de mesmo nome, de autoria da escritora irlandesa Cecelia Ahern, ele percorre sutilmente e sem pieguices a trajetória de uma garota perdida, profissionalmente indefinida, quase despojada de seus antigos sonhos e ideais, com medo de ser abandonada pelo homem que ama como ocorreu com sua mãe, e subitamente arrebatada de seu amor não pela vida, mas sim pela morte.
Completamente desamparada e despreparada para viver esta realidade inevitável e sem retorno possível, Holly Kennedy, a princípio se entrega ao total isolamento, a uma vida mergulhada apenas em lembranças e sonhos, povoados pela imagem de Gerry.
Não são os amigos, nem a família, que tiram Holly do estado de torpor emocional em que ela se encontra, e sim este vínculo afetivo que a une a Gerry, mais forte que tudo, a ponto de vencer a própria morte. No dia em que ela completa 30 anos de idade, algum tempo depois de ficar viúva, ela recebe um inesperado presente, uma mensagem gravada em cassete por seu ex-marido, a qual anuncia as futuras cartas que ele lhe enviará.
Holly realmente passa a receber as enigmáticas mensagens, que surgem de forma inesperada e misteriosa em sua caixa de correio. Todas são assinadas por Guerry com um P.S. que sempre se repete: “Eu te amo”. Aos poucos estas cartas vão reconduzindo Holly de volta à vida. Mais que isso, vão guiando seus caminhos, como um fio de Ariadne, de volta aos antigos sonhos, definindo, aos poucos, sua jornada existencial.
Embora sua mãe, Patrícia, discorde completamente da ideia de Gerry, pois acredita que estas mensagens a mantêm cativa de seu passado, Holly segue adiante, confortada pela constante presença de Gerry, obcecada em não cair nos braços de mais nenhum outro homem, nem mesmo do rude, mas charmoso Daniel. Suas melhores amigas, Sharon e Denise são companheiras constantes nesta jornada, embarcando também