RESENHA O QUE É ETNOCENTRISMO
O autor viaja pelos séculos XV, XVI, XVIII e XIX com o intuito de discutir a visão etnocêntrica desses períodos.
A obra narrada em terceira pessoa é dividida em seis capítulos - Pensando em partir, Primeiros movimentos, O passaporte, Voando alto, A volta por cima e Indicações para leitura - que fazem o leitor viajar pelo mundo da leitura em apenas 113 páginas.
O livro retrata como as relações de poder são expostas frequentemente entre a sociedade, mesmo entre aqueles que buscam entender o “eu” e o “outro”, afinal se interessar pelo assunto já demonstra, ainda que inconscientemente, que marcamos o outro, a diferença, se não houvesse o diferente não haveria necessidade de se interessar por pesquisas que abordem o assunto.
Há uma reflexão, pelo autor, das relações estabelecidas entre sujeitos dos séculos XV, XVI, XVIII e XIX. Se compararmos, por exemplo, o “descobrimento” do Brasil, os portugueses se colocaram em uma posição egocêntrica, se consideravam os detentores de uma única cultura, e por ser única, a impuseram ao “outro”, habitantes daquele meio e que já possuíam sua forma de relacionamento, suas vestimentas, sua crença, enfim sua própria cultura.
Os séculos XV e XVI foram alvo de grande estranheza por aqueles que pensavam sua cultura como única, a melhor e que por assim ser deveria ser imposta ao “outro”. Aqui o “outro” não tinha voz, era a imposição do “eu” sobre o “outro” muitas vezes de forma extremamente violenta.
Os séculos XVII e XIX