Resenha: O que resta de Auschwitz
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O que resta de Auschwitz- Resenha O autor do livro “O que resta de Auschwitz” Giorgio Agamben é um filósofo italiano, nascido em 1942 se formou em Direito, em 1965, com uma tese sobre o pensamento politico de Simone Weil. Seus trabalhos percorrem temas que vão da estética à política. Entre 1986 e 1993 dirigiu o Collège international de philosophie em Paris. Ele é o responsável pela edição italiana da obra de Walter Benjamin. A obra, de 1998, é uma análise de um testemunho como documento histórico para entender seus limites enquanto relato pessoal e as dimensões da produção escrita dos sobreviventes do Holocausto nazista. O livro é mais do que um relato das circunstancias materiais causadas pela Guerra ao maior campo de concentração, é um testemunho que envolve perdas de referenciais básicos em um espaço sem normas, aonde o esforço pela identificação significava a não-sobrevivência. Um relato de um dos sobreviventes de Auschwitz, Primo Levi, é matéria prima para a análise feita por Giorgio. No relato, Levi diz ter sobrevivido pela necessidade de relatar o acontecido no campo de concentração, ele precisava contar sua história. Assim como os muçulmanos seriam os únicos que poderiam relatar exatamente pelo o que passaram, se não estivessem sido privados desse direito no momento em que foram assassinados. As verdadeiras testemunhas ou “testemunhas integrais”, são as que não testemunharam, e nem tinham como (os muçulmanos). “Levi relata que uma testemunha, Miklos Nyizli, um dos poucos sobreviventes do último esquadrão especial de Auschwitz, contou que assistiu, durante uma pausa do “trabalho”, a um jogo de futebol entre SS e representantes do SonderKommando” Agamben coloca o testemunho com um valor muito alto. Testis e superstes significam testemunha: o primeiro significa aquele que põe como terceiro em um processo ou em um litígio entre dois contendores; o segundo indica aquele que viveu algo, atravessou um evento e pode dar testemunho disso. “Auschwitz