Resenha o quarto iconoclasmo
O autor explora quatro fases de ruptura do uso da imagem (o iconoclasmo) por diferentes fatores de tempos em tempos.
A primeira onda iconoclástica surgiu em meio às culturas judaico cristãs e islâmica e na tradição filosófica grega. O fato que marca este momento são passagens bíblicas que declaram expressamente a proibição ao uso das imagens. Pois a imagem naquela época era associada à prática da idolatria. E não somente na Bíblica, mas na Torá e no Corão existem passagens semelhantes, que condenam a representação de Deus por meio de imagens. E ao se tratar da Grécia antiga, tomamos por exemplo o pensamento platônico a respeito das imagens. Para Platão as imagens são meras representações daquilo que já está representado no mundo das coisas, pois para ele a realidade concreta pertencia somente ao mundo das ideias.
Em seguida o texto trata brevemente os próximos ciclos do iconoclasmo. O segundo ciclo ocorreu durante o Império Bizantino durante os séculos VIII e IX. Neste período o iconoclasmo foi proclamado doutrina oficial do governo. Já a terceira fase ocorreu no século XVI, com a Reforma Protestante. Esta se empenhou no retorno as escrituras sagradas, consequentemente, crucificando toda idolatria as imagens.
Logo, é possível perceber como os três referidos ciclos se fundamentam na superioridade irrestrita da palavra. Em linhas gerais, poderíamos concluir que estes movimentos representam o culto ao livro, a palavra: literolatria.
Neste momento, passemos a análise do chamado “quarto iconoclasmo”. O tempo em que vivemos passa por certa crise em relação à imagem. A evolução da tecnologia vinculada aos meios de comunicação gerou, o que muitos teóricos denominam como, “a sociedade do espetáculo”. A crença de que a imagem promove a morte da palavra, erradica o gosto pela leitura e anuncia um novo analfabetismo, premissa básica para muitas argumentações.
Jean Baudrillard é uma destes teóricos. Líder