Resenha “ o processo de substituição de importações
A controvérsia sobre as origens da substituição de importações. A partir de 1930 houve expressões marcantes no setor industrial, principalmente após 1933, em que liderou as taxas de crescimento da renda e do emprego, ao mesmo tempo em que as culturas de exportação sofriam os revezes da crise internacional que durou até o final da década de 70, no governo Geisel, “com o processo de substituição de importações” (PSI). A indústria nacional começou a ter alguma importância econômica a partir do final do século XIX. A industrialização brasileira deu-se por meio de substituição de importações, ou seja, passamos a produzir domesticamente bens que anteriormente vinham do exterior. A tese segundo a qual a industrialização de países latino americanos vincula-se às crises da agroexportações, é conhecida vulgarmente por “teoria dos choques adversos”. A indústria surgiu no Brasil como uma resposta às dificuldades de importar produtos industriais em determinados períodos. Nestes momentos, em que se diminuía o valor das exportações, grava-se um protecionismo, que aumentava a rentabilidade da indústria. Assim, passava-se a produzir internamente, com vistas a suprir a falta de importações. A indústria surge nos momentos de expansão da economia cafeeira. Momentos estes, que ocorria expansão da renda e do mercado consumidor, através do aumento da massa salarial, bem como aumentava a oferta de divisas necessárias à importação de equipamentos industriais para investimentos. Para implementar uma política expansiva em contexto de crise, o governo não poderia contar com empréstimos externos. A expansão creditícia mantinha o nível de renda nominal, mantinha o nível de importações e as exportações passavam por forte contratação. Furtado criticava as afirmações de Peláez, suas críticas trouxe à tona novos dados empíricos e fazendo uso do instrumental neoclássico. A Peláez é atribuída a versão mais acabada e radical da “teoria