Resenha o problema do custo social (coase)
V. O Problema Ilustrado de uma Nova Forma.
No caso Sturges v. Brid. um confeiteiro usava dois almofarizes e pilões para a realização do seu trabalho (um estava em operação na mesma posição por mais de 60 anos e o outro por mais de 26 anos). Um médico, então, veio a ocupar instalações vizinhas. O maquinário do confeiteiro passou a incomodar o medico oito anos depois quando este construiu um consultório no final de seu jardim com a parede encostada na cozinha do confeiteiro. No qual o barulho das maquinas impedia que o médico realizasse consulta do coração e trabalhasse com tranquilidade. Assim o medico colocou a situação na justiça. A decisão do tribunal estabeleceu que o médico tivesse o direito de impedir que o confeiteiro usasse seu maquinário. Mas, é claro, teria sido possível modificar a solução vislumbrada pela decisão judicial por meio de uma barganha entre as partes. O médico estaria disposto a renunciar ao seu direito e permitir que o maquinário continuasse em funcionamento se o confeiteiro lhe pagasse uma soma de dinheiro que fosse maior que a perda de renda que ele sofreria por ter que se mudar para um local mais caro ou menos conveniente, ou por ter que restringir suas atividades naquele local, ou, como foi sugerido como possibilidade, por ter que construir outra parede que abafaria o ruído e a vibração.
Porém, se o vencedor do caso tivesse sido o confeiteiro. O confeiteiro, então, teria obtido o direito de continuar usando maquinário ruidoso e gerador de vibração sem ter que pagar qualquer coisa ao médico. A situação se inverteria: o médico teria que pagar ao confeiteiro para dissuadi-lo a parar de usar o maquinário. Se a renda do médico tivesse caído mais com a continuidade do uso do maquinário do que o montante acrescentado à renda do confeiteiro, haveria, claramente, espaço para uma barganha na qual o médico pagaria ao confeiteiro para que parasse de usar seu maquinário.
Ou seja, as circunstâncias nas