Resenha O nome da Rosa
O Nome da Rosa é um longa-metragem baseado no livro Homônimo de Umberto Eco. O filme se passa em um recorte da vida do Frei Guilherme de Baskerville (Sean Connery) e seu aprendiz Adzo de Melk (Christian Slater). O filme é um misto de suspense com romance, e se passa nos anos de 1316 e 1334.
O roteiro se resume a trajetória de um frei e seu aprendiz que devem investigar uma suposta morte atribuída ao demônio.
Ao chegar ao mosteiro e ao se depararem com diversas histórias, muitas delas controversas, conseguem inferir que um dos monges jogou-se de uma das torres do mosteiro.
Outras mortes acontecem e também são investigadas o que causa desconforto e instabilidade no monastério.
Outro importante fato marca a narrativa quando Bernardo Gui, um Grão-Inquisidor, que tem por missão matar os que cometem assassinatos sob influência diabólica. Torturar e matar lhe são métodos normais e praticados com normalidade. Há uma narrativa durante o filme de que Baskerville já era um desafeto de Gui o que leva o protagonista a fazer parte dos assassinatos e também ter sido influenciado pelo demônio.
O filme segue por uma inaudível, mas completamente perceptível do controle da Igreja católica diante do embate do bem contra o mal.
O momento temporal à época do filme era de transformações extremadas. Acontecia a desintegração do sistema feudal e a formação do capitalismo. A igreja buscava a todo custo o contínuo domínio do povo. Para isso o direito ao conhecimento pelo povo era uma constante desta fase histórica.
O filme mostra também a questão interpretativa das autoridades em relação às sagrada escrituras e ao teocentrismo.
Desde o começo do filme há uma busca continua pelo conhecimento e esse é o pano de fundo da trama. Por conta do conhecimento Baskerville, consegue desvendar os mistérios que se seguem na clausura do mosteiro. Embora se veja em confusões por isso.
A meu ver o filme traz uma amostra de como a condição humana se torna degradante