Resenha - o nome da rosa
O NOME DA ROSA
Trabalho apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia como requisito parcial para aprovação na Disciplina Filosofia Geral, ministrada pela professora mestre Edilene Santiago
Cacoal 2012
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O nome da rosa
Este filme é uma adaptação do romance do mesmo nome de autoria de Umberto Eco. Nele há o desenrolar de um crime, envolvendo uma questão teológica e filosófica importante naqueles dias, desdobrando-se na descrição da imposição da vontade da Igreja, através da Inquisição. No filme, o monge William de Baskerville (no livro de Eco é identificado como Guilherme) é chamado até uma abadia cujo nome não é citado, para solucionar misteriosos crimes que ali estavam acontecendo, segundo os abades, sob influência do diabo. Durante sua investigação, descobre um livro secreto de Aristóteles, onde fala acerca da importância do riso, o que era entendido como subversivo por aqueles religiosos. Segundo se entendia pela história, o riso poderia gerar incredulidade e heresias, já que, no fim das contas, poderia rir-se de Deus. Portanto, tal idéia deveria ser banida. Além desta questão, o filme mostra um debate teológico sobre o fato de Jesus possuir, ou não, as roupas que vestia. Umberto Eco, em seu romance, quis trazer a lume a sociedade medieval através de um crime digno de Sherlock Holmes. Aliás, nota-se a homenagem ao personagem de Conan Doyle, pois o sobrenome do abade investigador é uma citação direta do livro O cão dos Baskervilles, onde Holmes desvenda mais um caso, além de William usar o método dedutivo de investigação, característica típica do personagem inglês. Mostra-se, no filme, um conceito de Estado diferente do nosso. No século XIV, tempo mostrado, não havia uma clara separação de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O rei detinha todos os poderes na mão. Mas, acima dele, havia o poder de Deus, representado pela Igreja. Portanto, naqueles dias, o poder espiritual (papa/Igreja) tinha