Resenha O Médico e o Monstro
“Dr. Jekyll e Mr. Hyde - O Médico e o Monstro” (2008), do diretor Paolo Barzman, é uma nova versão do clássico do cinema "O Médico e o Monstro" (1941), baseado no livro "O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde", de Robert Louis Stevenson, publicado em 1886. O filme conta a história de Harry Jekyll (Dougray Scott), um médico bem sucedido fascinado sobre a possibilidade de existir duas personalidades dentro de cada um: uma boa e uma má, que lutam pelo controle. Como médico, ele acredita ser essa é a chave para descobrir a natureza da saúde e da doença. Ele pesquisa uma rara planta da Amazônia capaz de separar a alma das pessoas, permitindo que o lado mau saia para que o lado bom possa curar. Após trabalhar incansavelmente em seu laboratório, Dr. Jekyll elabora uma fórmula com propriedades psicotrópicas que injeta nele mesmo, revelando seu lado demoníaco e assassino chamado de Mr. Hyde. Enquanto suas noites são perdidas, ele acorda com poucas recordações das vítimas. Ansioso para se declarar culpado, o Dr. Jekyll procura Claire Wheaton (Krista Bridges), uma advogada indicada por seu melhor amigo Gabe Utterson (Tom Skerritt), que concorda em representá-lo. É aí que o Dr. Jekyll começa uma luta interna para tentar trazer seu lado bom de volta. “O médico e o Monstro” é uma obra que trata da dualidade do ser humano: de um lado Dr. Jekyll, um médico que salva vidas de dia, e de outro Sr. Hyde, um assassino que age à noite. Entre as trocas de personalidade, ele acaba perdendo o domínio sobre si mesmo e nos faz refletir sobre os dois lados que existem dentro de todos, inclusive de profissionais da saúde, que lidam diretamente com a vida das pessoas. Caso fosse possível se livrar da parte má e nos tornarmos seres completamente bons, isso seria desejável? O homem não pode ser feito apenas do lado bom. Saúde mental não significa a eliminação do lado mau e sim um equilíbrio, porque é necessária a existência dos conflitos